quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A sexualidade e a saúde para o homem e a mulher

Por Lúcia Seleto




Na contramão da felicidade, por tabu, muitas pessoas acabam por viver mergulhadas em dúvidas 

A Sexualidade, segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS - é uma energia que motiva o indivíduo a encontrar o amor, o contato e a intimidade. O que determina a sexualidade humana é o princípio do prazer existente em todo ser humano, da adolescência até a senilidade. O conceito de sexualidade é muito mais abrangente do que somente o ato sexual. Engloba comportamento, vivência, orientação sexual, sexo biológico, atividades e práticas sexuais diferentes. 

Ainda segundo a OMS, a qualidade de vida é apoiada em quatro fatores importantíssimos: trabalho, família, lazer e sexualidade. Logo, uma pessoa resolvida e feliz sexualmente, enfrenta sua rotina diária de forma mais leve, resolve os problemas que surgem na vida com maior tranquilidade, tem uma melhora sensível do humor e da qualidade do sono. Só que somente as pessoas saudáveis e emocionalmente equilibradas conseguem, de fato, a plenitude da satisfação sexual. 
Todo o ser humano nasce com a capaci-dade de desenvolver e viver sua sexualidade satisfatoriamente. Nesta área não existe um “problema de nascença”. No entanto, existem vários fatores que interferem na sexualidade podendo produzir um efeito mais positivo, e outros fatores, que produzem efeitos ruins, o que leva às disfunções sexuais e transtornos sexuais.


Vejamos alguns fatores conhecidos que interferem na sexualidade humana, a saber: 

1. Biológicos: ação de hormônios, neurotransmissores e enzimas fazem parte do complexo funcionamento da sexualidade humana. Patologias como diabetes, hipertensão arterial, ansiedade e depressão também tem uma grande influência. 
2. Psicológicos: a organização psicológica do sujeito inicia na vida intrauterina, segue pelos primeiros anos de vida e pela adolescência. Todas as experiências e vivências ficarão marcadas, consciente ou inconscientemente, demarcando as regras sexuais.
3. Socioculturais: estes fatores advêm do ambiente familiar e da sociedade em que se vive. São as regras, regulamentos, tabus, modelos sociais e preconceitos que variam muito de um povo para outro.

Daí porque a terapêutica sexual deve partir do tratamento do indivíduo como um todo. Afirmar que problemas sexuais são meramente físicos é erro palmar. 
A sexualidade extrapola os limites da anatomia e da fisiologia. Ela é inseparável da estrutura mental do ser humano. O profissional desta área deve ter uma atuação psicossomática (física e psicológica) do diagnóstico ao tratamento.


Vejamos agora algumas das disfunções sexuais mais comuns:


DISFUNÇÕES SEXUAIS 

O potencial para o funcionamento sexual satisfatório existe em todo o indivíduo desde o nascimento. Quando ocorre um bloqueio da resposta sexual natural, este indivíduo apresenta uma DISFUNÇÃO SEXUAL. Este bloqueio do funcionamento sexual ideal pode ter uma causa orgânica - problema no corpo, ou psicológica - resultado de experiências e de comportamentos aprendidos durante a vida. 
O trabalho que desenvolvemos consiste primeiramente em diagnosticar e afastar as causas orgânicas. Profissionais de outras especialidades, como ginecologistas, urologistas, psiquiatras e fisioterapeutas, são muito importantes neste momento do tratamento. Uma vez identificadas e tratadas as causas orgânicas é realizada uma investigação detalhada de fatores psicológicos e socioculturais. Com isso chegamos a um diagnóstico. A partir dai é feito um plano de tratamento que pode incluir medicamentos, aplicação de técnicas comportamentais e terapia sexual, dependendo do caso. 
Quando existem causas orgânicas o tratamento é feito no mesmo tempo da terapia sexual. É sabido que uma queixa na área da sexualidade pode ter um componente orgânico, mas, sempre terá um componente psicológico. Este acompanhamento multidisciplinar tem um resultado excelente para o paciente, levando, na maioria das vezes, ao sucesso do tratamento.


MITOS E VERDADES SOBRE A SEXUALIDADE 

1. O bom desempenho sexual não depende só do funcionamento normal do corpo. Depende também de fatores psicológicos, sociais e culturais. É verdade! A sexualidade extrapola os limites do corpo e está muito ligada às marcas psicológicas e ao aprendizado sociocultural. 
2. Baixo desejo sexual não é resolvido com vitaminas ou fórmulas milagrosas. É verdade! O tratamento do desejo sexual hipoativo pode envolver medicamentos hormonais, mas, para ter sucesso realmente, é necessária a terapia sexual. 
3. Homossexualidade é uma opção sexual. Mito! A homossexualidade não é uma opção, e sim uma orientação sexual. Opção significa escolha pensada racionalmente. Ninguém escolhe sua sexualidade como se escolhesse uma roupa para comprar. A sexualidade de um indivíduo é determinada por fatores genéticos, hormonais, psicológicos e ambientais. Baseado em todos estes fatores o indivíduo se orienta, se inclina, para a homossexualidade ou para a heterossexualidade. 
4. Disfunção erétil não é apenas uma falha mecânica. Verdade! Muitas doenças podem causar a disfunção erétil por afetarem a parte circulatória do pênis. Entretanto esta disfunção também pode ser produzida por emoções negativas, como temor de desempenho, ansiedade ou antecipação do fracasso. 
5. Satisfação sexual é a mesma coisa que coito e ejaculação. Mito! Existem muitas maneiras de se ter satisfação sexual sem, necessariamente, ter coito ou ejaculação. O ato sexual é muito mais abrangente do que somente penetrar e ejacular. Um casal adequado sexualmente consegue ter prazer com palavras, gestos, carinhos e práticas sexuais diversas. O orgasmo é consequência deste bom relacionamento. 
6. Homossexualidade é um desvio de personalidade. Mito! Há mais de vinte anos o relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo não é mais, por si só, considerado doença pela Associação Psiquiátrica Americana. Homossexua-lidade é somente uma das orientações sexuais, assim como heterossexualidade e bissexualidade. 
7. Ereção e potência não são a mesma coisa. Verdade! A ereção diz respeito ao adequado endurecimento do pênis para realizar a penetração, e, potência se refere à boa qualidade de espermatozoides existentes no esperma, que faz a mulher engravidar. Um homem pode ter boa ereção, mas ter um problema com os espermatozoides, logo, tem potência baixa para engravidar. Enquanto outro pode ter espermatozoides excelentes - boa potência - mas ter disfunção erétil. 
8. A solução do vaginismo é “tomar um vinho” e relaxar… Mito! O vaginismo é um reflexo de defesa resultado do medo que leva a intensa contração da musculatura do períneo, abdômen e coxas. O medo que domina estas pacientes pode ser oriundo do tipo de educação, de experiências sexuais traumáticas, fobia de gravidez ou doenças, exames ginecológicos ou partos traumáticos. Não adianta tentar relaxar porque a contração da musculatura não se desfaz, e não possibilita a penetração. É tratado com terapia sexual, medicamentos e fisioterapia específica.

Dificuldades na área sexual ainda hoje são um tabu dentro da nossa sociedade. Mas o “sofrimento silencioso” destas pessoas merece ter fim, porque é um mal maior que o tabu.

A sexologia e a terapia sexual são um caminho para se encontrar a solução destas dificuldades, com o único objetivo de melhorar a qualidade de vida proporcionando felicidade.


FONTE: Revista Saúde e Beleza

Dra. Lúcia Seléto - CRM 74495
Ginecologista Especialista em
Sexualidade Humana e Terapia Sexual




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